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Vacinação, Vermifugação e Ectoparasitas

VACINAÇÃO 

Como as vacinas funcionam? 


As vacinas têm o objetivo de produzir anticorpos para combater um antígeno especifico (a doença para a que se pretende imunizar). A vacina faz com que o organismo crie uma "memória" no sistema imune do animal que acelera a produção das células de defesa quando o animal é atacado pelo agente. Ao receber a dose de vacina o organismo do animal sofre uma simulação de ataque daquele agente. Portanto, o objetivo é ter essa memória de imunidade para quando o cão vir a sofrer um novo ataque. Essa memória não ocorre de um dia para o outro, o organismo pode levar alguns dias para desenvolver. 

Vacinar é imunizar? 

O ato de vacinar é somente o de aplicar a vacina. Imunizar o animal é diferente; é fazer com que ele desenvolva defesas contra o agente. Para que isso ocorra o animal deve estar preparado para receber essa dose. Se o animal não estiver apto a receber essa vacina, ele receberá a vacina mas não será imunizado, não desenvolvendo assim as defesas necessárias. Por exemplo, se o animal estiver com febre, estresse, tomando algum medicamento a base de corticóide, incubando alguma doença, etc. 

O animal doente não deve ser vacinado, pois além de não criar a defesa esperada, ele pode apresentar reações vacinais. Procure sempre um medico - veterinário para a vacinação do seu peludo, pois toda a vacinação exige uma avaliação para saber se o animal responderá a essa vacina ou não. Geralmente o veterinário avalia a temperatura, o estado nutricional e parasitário, os linfonodos, olhos, ouvidos, dentes, órgãos genitais, realiza a palpação abdominal, auscultação cardíaca, pergunta como estão as fezes, a urina, o apetite, disposição ao exercício, se o cão tem ido a praia com freqüência, etc... O veterinário deve se responsabilizar pela vacina que está sendo aplicada. Logo, ninguém melhor do que ele para saber se o animal está apto ou não para receber aquela dose. A responsabilidade do veterinário não é somente essa mas ele também tem que 

armazenar corretamente essa vacina, que requer refrigeração ideal para sua correta conservação. 

Como e quando se inicia o processo de imunização? 

Inicialmente, pelos anticorpos contidos no colostro da mãe, cerca de 90% dos anticorpos serão transmitidos aos filhotes nas primeiras 24 horas de vida. Daí a importância de ingerirem o colostro. 

A partir dos 45 dias de vida é que normalmente começa o plano de vacinação com a administração da primeira dose de vacina óctupla, que defende o organismo contra as seguintes doenças: cinomose, parvovirose, coronavirose, hepatite, adenovirose I e II, leptospirose e parainfluenza. Essa primeira dose de vacina nem sempre é eficaz pois muitas vezes o filhote ainda apresenta um nível muito alto de anticorpos transmitidos pela mãe na amamentação. Deste modo, é muito importante repetir essa dose mais duas vezes num intervalo de 30 dias cada. 

A vacina anti-rábica deve ser ministrada a partir dos 4 meses de vida do cão. Até completar todo esse esquema vacinal é muito importante não expôr o filhote, pois somente podemos considerar que ele está imunizado 15 dias após a última dose. Nos animais adultos é usual a revacinação anual contra raiva e a óctupla. Para mais informações, consulte o médico-veterinário do seu cão. 

 

VERMIFUGAÇÃO 

O combate a verminose é uma das preocupações que devemos ter com os filhotes, pois eles frequentemente são acometidos por uma série de vermes que se adaptam ao organismo do hospedeiro com facilidade. 

Devemos levar em consideração alguns fatores que atuam diretamente na infestaão por vermes, por exemplo: situação geográfica, condições climáticas, época do ano, vulnerabilidade imunológica do hospedeiro e condições de higiene. Infestações por vermes geralmente causam sintomas como perda de peso, crescimento tardio, doenças gastrointestinais, menor absorção e digestão dos nutrientes, anemia, pelagem com mau aspecto, etc. Por isso não adianta oferecermos a melhor ração do mercado se não tivermos o comprometimento de vermifugar nossos animais com frequência. 

Na maioria das vezes os filhotes já nascem com uma quantidade menor ou maior de vermes, pois a mãe, mesmo tendo sido vermifugada, os transmite vermes aos bebês através da placenta e do leite. A primeira vermifugação pode ser feita na segunda semana de vida, com orientação do médico veterinario, podendo ser repetida após 15 dias. Depois devemos manter um protocolo enquanto o cão estiver em crescimento e outro quando adulto, sempre dependendo do ambiente onde o animal vive e da recomendação do médico veterinário. 

Para evitar a transmissão de vermes da cadela gestante para os filhotes, devemos vermifugá-la no dia da cobertura (acasalamento) e repetir a dose após 15 dias. 

É muito importante uma rigorosa higiene do ambiente onde o filhote permanece. Hoje existem no mercado desinfetantes de boa qualidade e de baixa toxicidade que podem ser usados para matar ovos e larvas de vermes no ambiente. Também é de suma importância recolher as fezes do jardim ou quintal no mínimo diariamente, ou trocar o jornal (se o cão fizer suas necessidades ali) sempre que estiver sujo. O objetivo é evitar a reinfestação do cão pelos ovos dos vermes que são eliminados nas fezes. 

Existem sinais clínicos que são típicos de animais com infestação por vermes, como a barriga abaulada (não confundir com obesidade), o olhar triste, o animal arrastar a região anal no chão por coceira intensa, o fato de o cão comer uma ração de boa qualidade e não crescer ou ganhar peso, a eliminação de fezes moles com muco ou sangue, e, finalmente, a presença de vermes nas fezes. A propósito, se forem observados vermes nas fezes, é importante colhê-los ou relatar ao médico-veterinário o formato e o tamanho para um bom diagnóstico. Existem vermes redondos e achatados e vermes que soltam proglotes (pedaços) parecidos com uma semente de pepino ou grão de arroz. 

Desta forma, para um programa de vermifugação correto, o médico-veterinario irá solicitar exames parasitológicos de fezes, a fim de descobrir qual é o melhor vermífugo para aquele quadro de verminose. Atualmente, existem diversos princípios ativos à disposição, fórmulas palatáveis e etc. Mas nunca podemos esquecer que o manejo do ambiente higienizado é de fundamental importância para o sucesso do tratamento. 


CARRAPATOS, PULGAS E BERNES 

Berne 


Quem mora nos grandes centros é capaz de nunca ter tido nenhum contato com um berne, pois ele é conhecido de quem vive próximo a matas ou no campo. Costuma atacar animais e o ser humano, causando prurido (coceira) e dor. Mesmo você vivendo longe da vegetação abundante, se um dia for passear com seu cão em um sítio, fazenda ou fazer uma trilha na mata - principalmente em dias quentes e umidos - é bom fazer uma inspeção no seu animal passados alguns dias. 

O berne causa uma lesão geralmente circular, com áreas vermelhas, onde você observa com facilidade um orifício bem ao centro. 

Ele nada mais é que a larva da mosca – Dematobia hominis, uma mosca que vive na mata. Sua transmissão porém não depende dessa mosca. A berneira deposita seus ovos em pleno vôo sobre a mosca vetora que é hematófaga ou lambedoura. Essas vetoras é que são as responsáveis pela transmissão. Quando ela pousa no animal, as larvas rompem a casca dos ovos e se instalam na pele, nutrindo-se do tecido do hospedeiro. Quando atingem seu crescimento (estágio L3) elas caem e se enterram no chão. Em cerca de 30 dias ela sai da terra, se acasala, põe ovos novamente e morre, fazendo com que o ciclo da Dematobia hominis se perpetue. 

Como hospedeiro, com grande frequência temos os bovinos, mas os cães e o ser humano se incluem nessa categoria. O grande problema que pode vir a ocorrer é que a lesão pode servir como uma porta aberta para a entrada de bactérias causando uma infecção secundária, sem contar o desconforto causado pela presença do berne no animal. 

Encontrar a berneira na mata é muito dificil. O controle pode ser feito com as veiculadoras de ovos, pois sem elas não há transmissão. 

Se você suspeita que seu cão possa estar com berne, não o retire sem a ajuda de um médico veterinário e não utilize sprays inseticidas quem matam berne e bicheira. O berne deve ser retirado por inteiro - se ele morrer dentro da pele ou se restar resíduo dele no animal há o risco de se desenvolverem quistos, abcessos e infecções. 

Carrapato 

O vilão dos dias de hoje ! A infestação de carrapato no seu animal além de causar um desconforto muito grande devido à coceira que provoca, pode causar anemia e transmitir doenças como a Erlichiose e Babesiose. 

Uma vez que sabemos que o carrapato se alimenta do sangue do animal, uma grande infestação pode provocar anemia, mas basta um carrapato que esteja carregando a forma infectante dos causadores da babesia ou erlichia para o cão contrair uma dessas doenças – ou até mesmo as duas. 

Portanto, o único meio de que dispomos é o controle constante do carrapato, e se o animal apresentar qualquer sinal de apatia, falta de apetite, febre, mucosas pálidas... o mais indicado é procurar um médico veterinario para que seja realizado um hemograma. Essas doenças são tratáveis quando diagnosticadas a tempo. Hoje, infelizmente, são doenças rotineiras, independente da região onde você vive. Até grandes centros urbanos elas são comuns. 

Não existe esquema preventivo para que o cão não pegue carrapato. O que existem são formas de controle, mas temos que lembrar que o carrapato não vive somente no animal, ele consegue viver por muito tempo no ambiente. Por ser muito resistente, é difícil combatê-lo. 

Geralmente, no ambiente vivem sob forma de ovos ou larvas, invisíveis a olho nu. Por esse motivo, você deve combater os carrapatos no animal e no ambiente. Geralmente vegetação, frestas das paredes e pisos, e madeira são locais para os quais devemos prestar maior atenção. 

Usar carrapaticida nos canis, casinha dos cães, plantas, canteiros, frestas de parede, ralos, madeira, etc, é essencial. Apenas lembre-se de que o animal não deve ter contato com o produto, uma vez que a ingestão pode causar intoxicação grave. O animal só deve retornar ao ambiente após o local estar totalmente seco. 

Tenha cuidado especial com filhotes e fêmeas gestantes. Eles não devem ser banhados com produtos carrapaticidas. Por isso conte sempre com o auxilio do veterinário. 

Pulgas 

As pulgas são insetos que dependem do hospedeiro (cão e o gato), para se alimentarem e se protegerem, permanecendo toda a sua vida sobre o animal e sobre os contactantes. A fêmea da pulga deposita seus ovos no animal mas como eles não se fixam, caem no ambiente onde apenas dependem da temperatura e da umidade para eclodirem em larvas. Estas aprofundam-se nos carpetes, cobertores e frestas de pisos, onde se alimentam de restos orgânicos e fezes de pulgas adultas, formam um casulo onde ocorre a forma de pupa. Após 5 dias, se transformam em pulgas adultas. Mas tudo isso só acontece se houver animais ou pessoas no ambiente, caso contrário as pulgas podem permanecer no casulo por mais de 4 meses. Normalmente o ciclo de vida se completa em 3 a 4 semanas e as pulgas vivem no animal por mais de 100 dias. A partir do quarto dia se alimentando do sangue do animal, cada fêmea produz, em média, 20 ovos por dia durante 21 dias. Se não interrompermos o ciclo, a infestação no animal torna-se extremamente incômoda e maléfica à sua saúde. 

O ato do animal se lamber faz com que ele ingira a pulga. Assim ela transmite parasitas, levando para o intestino dos cães um verme conhecido como Dipylidium caninum. O cão, quando parasitado por esse verme, perde peso e muito pelo, tem episódios de diarréia, prurido na região anal (arrasta o ânus pelo chão). Ao observarmos a região anal muitas vezes podemos veros ovos do verme em volta do ânus ou nas fezes - lembra muito um grão de arroz. 

Além do incômodo que as pulgas causam e do risco de transmitirem vermes aos cães, muitas vezes os cães apresentam alergia à picada (na verdade, à saliva da pulga). Se o cão for hipersensivel à picada de pulga, basta uma única picada para que seja tomado por uma coceira generalizada, fazendo com que muitas vezes o animal se machuque de tanto se coçar. Animais alérgicos à picadas de pulgas ficam estressados, podendo comer menos, podem ficar deprimidos ou agressivos. Sua pele pode apresentar áreas de alopecia (sem pelos), descamação e odores desagradaveis. 

Como as pulgas são insetos capazes de pular até 30 cm, temos que oferecer ao animal mecanismos de combate contra a pulga. Existem hoje no mercado inúmeros produtos de combate a pulgas (sabonetes, shampoos, sprays, coleiras, top-spots, pour-ons...), para cada caso há uma solução mais adequada, dependendo do grau de infestação, do ambiente, se existem contactantes, se o cão é alergico ou não...todos esses fatores 

devem ser levados em consideração para a elaboração num esquema de erradicação eficiente. 

A dedetização do ambiente auxilia no controle devido a eliminação das formas intermediárias, mas é importante ter conhecimento que todos os produtos são capazes de induzir a intoxicações. 

Medidas nutricionais que ajudam a repelir pulgas e carrapatos 

Alguns alimentos comprovadamente ajudam a repelir insetos como pulgas, carrapatos e moscas, e podem ser oferecidos aos cães como coadjuvantes no controle dessas "pragas". 

O alho cru, por exemplo, pode ser dado diariamente, desde que em pequena quantidade (no máximo 1/3 de um dente de alho médio para um cão de porte grande). O alho, além de desencorajar vermes intestinais, melhora a imunidade e deixa a pele dos cães com um odor imperceptível para nós, mas desagradável para os carrapatos e para as pulgas. 

A levedura de cerveja é uma excelente fonte de vitaminas do complexo B, notórias por sua ação repelente de mosquitos, além de contribuir com a saúde da pele e pelagem. Você pode oferecer até 1 colher de chá rasa a uma sobremesa rasa por dia. 

O vinagre de maçã também ajuda a repelir pulgas e carrapatos. Adicione uma colher de sopa de vinagre de maçã à vasilha de água de seu cão, diariamente. Se a vasilha for muito grande (capacidade acima de 3 litros), adicione duas colheres de sopa. 

Fonte: 
www.cachorroverde.com.br ( médica veterinária: Sylvia Angélico)

Golden Calli

Especializado em Golden Retriever

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